terça-feira, 5 de julho de 2011

Devolução


«O que tu és para mim, não começa nem acaba num sopro passageiro de fim de tarde, nem se escreve sobre as linhas desinquietadas das minhas palavras.
O que tu és para mim, quando eu própria o souber, to direi, mas não te quero iludir, com palavras banais.
O que tu és para mim, não se descreve assim, de papel e lápis na mão.
O que tu és para mim, ainda não há palavra nenhuma que o defina. Sou sincera, não te consigo explicar, não to conseguido dizer, não o consigo escrever. Tens um significado tão grande, que supera a minha inteligência, o meu vocabulário. És qualquer coisa que me aquece o coração, que me arrepia desde os dedos dos pés às pontas do cabelo, és um vício bom, um vício saudável. Ter alguém dentro de nós, é diferente do que ter alguém do nosso lado, e tu estás dentro de mim, eu sinto-te, a todos os minutos, em todos os sítios, em todas as fotografias, e em todas as músicas. És o que nunca ninguém foi para mim, e fazes por mim aquilo que eu sempre pensei que um rapaz não fizesse por uma rapariga. Não és perfeito, mas ainda assim eu gosto de ti com todos os defeitos estampados na cara, gosto de ti por tudo o que fazes por mim, pelos abraços quentes que recebo teus, pelas palavras ao ouvido, pelas noites de sábado, pelas vezes em que olho para os teus olhos e me vejo a mim! Tu és aquele que me acompanha noite e dia, a tua presença é tão certa como qualquer coisa eterna. Trazes sempre contigo o teu carinho, a tua entrega, a tua voz que me faz tão bem, as tuas mãos que me agarram com toda a força que o mundo te dá. Nunca me escondeste nada, tal como nunca me prometeste nada mais do que me podias dar. Os nossos momentos sempre se fizeram de verdade. E no fundo, o que me prometeste é o melhor de ti, é a parte mais nítida e honesta que tens, o que prometeste foi amar-me, contra tudo e todos. É em ti que eu confio até nas horas mais incertas. És um rapaz que encontrou uma rapariga e teve a delicadeza de a olhar como ninguém antes. Um rapaz que todos os dias faz questão de me (re)lembrar o quanto valho.
A ti, devo-te tudo. »